quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Às Avessas

Esta é minha vida. Não é exatamente o que eu planejei para mim, mas são resquícios dos meus sonhos.
Sonhei um dia ser adulto, mas não me lembrei que a dor, o sofrimento, as privações e o medo estariam presentes num adulto.
Também sonhei em amar e ser amado, mas ninguém me contou que isto envolveria responsabilidade, desencontros e, em alguns casos, guerras e mortes.
Planejei um futuro, mas imaginei que não me decepcionaria, não teria tanta luta e, pra falar a verdade, não achei que sairia tão arranhado e machucado por conta das fronteiras que tive que ultrapassar.
Imaginei a vida um mar de rosas, porém me equivoquei ao pensar nisto como uma coisa boa, afinal, rosas têm espinhos, e foram neles que me engalfinhei e sangrei.
Pensei na dor como algo passageiro e conclui exatamente o contrário: somos nós passageiros para a dor. Dói somente o tempo necessário para que cheguemos no seu limite e ela fique para trás.
Vi as lágrimas como sinal de emoção e alegria, entretanto elas são mais de tristeza e aborrecimentos.
Na sua totalidade, meus sonhos não estão trocados, apenas estão o juízo que fiz de cada um.

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