Eu poderia ver como o cego vê: de um degrau menos impuro possível do mundo.
Um ver imparcial, sem pretender ver a beleza visível aos olhos e dessa forma, não me corromperia por alguém que tem os dentes mais alvos do que outros.
Eu também não perceberia a cor da pele e assim, escaparia automaticamente da rotulação social que há entre aqueles coloridos. Eu ouviria apenas a voz e dessa forma, apenas me aproximaria das mais doces possíveis e perceberia que não é a cor que nos define e sim aquilo que proferimos em alguma mansidão.
Eu não veria a ruína dos homens, tampouco avistaria as flores já bruxuleantes, sangrando, envergadas. Eu apenas sentiria. E seria dotado de emoção e por isto, saberia melhor conduzir minhas tormentas.
Não veria sequer um dia cinzento, apenas notaria-o como um dia mais fresco, onde o sol não apareceu completamente para castigar a todos. As nuvens percorreriam os céus sem que eu as notasse. Um dia nublado não faria meu humor deprimir, nem mesmo um dia de sol faria meu humor se alegrar.
Quando eu tiver o olhar e ver do cego, mesmo que pareça insano e impossível, eu poderei me libertar de todo e qualquer preconceito que ainda resiste nos péssimos produtos que consumo deste mundo que quer me vender cada vez mais.
Quando eu possuir discernimento suficiente para ver como o cego, então terei iluminado minha visão, e meu coração neste momento terá se enobrecido e não mais será necessário que eu seja cego para ver como ele vê.
Terei em mãos todas as ferramentas para cegar o mundo aos poucos. Não preciso que todos estejam para então eu me encontrar, quando eu mesmo esteja cego. Preciso apenas de mais um cego, para que ajude-me ver aquilo que ainda resisto.
Eu vejo muito e meu olhar e ver é muito superficial, muito embora ele pareça ser profundo. Talvez eu esteja atado à superficialidade de tudo que seja profundo.
Quando eu for cego, só então eu passarei a ver as coisas despretensiosamente.
(Escrito numa mesa de bar)
Um ver imparcial, sem pretender ver a beleza visível aos olhos e dessa forma, não me corromperia por alguém que tem os dentes mais alvos do que outros.
Eu também não perceberia a cor da pele e assim, escaparia automaticamente da rotulação social que há entre aqueles coloridos. Eu ouviria apenas a voz e dessa forma, apenas me aproximaria das mais doces possíveis e perceberia que não é a cor que nos define e sim aquilo que proferimos em alguma mansidão.
Eu não veria a ruína dos homens, tampouco avistaria as flores já bruxuleantes, sangrando, envergadas. Eu apenas sentiria. E seria dotado de emoção e por isto, saberia melhor conduzir minhas tormentas.
Não veria sequer um dia cinzento, apenas notaria-o como um dia mais fresco, onde o sol não apareceu completamente para castigar a todos. As nuvens percorreriam os céus sem que eu as notasse. Um dia nublado não faria meu humor deprimir, nem mesmo um dia de sol faria meu humor se alegrar.
Quando eu tiver o olhar e ver do cego, mesmo que pareça insano e impossível, eu poderei me libertar de todo e qualquer preconceito que ainda resiste nos péssimos produtos que consumo deste mundo que quer me vender cada vez mais.
Quando eu possuir discernimento suficiente para ver como o cego, então terei iluminado minha visão, e meu coração neste momento terá se enobrecido e não mais será necessário que eu seja cego para ver como ele vê.
Terei em mãos todas as ferramentas para cegar o mundo aos poucos. Não preciso que todos estejam para então eu me encontrar, quando eu mesmo esteja cego. Preciso apenas de mais um cego, para que ajude-me ver aquilo que ainda resisto.
Eu vejo muito e meu olhar e ver é muito superficial, muito embora ele pareça ser profundo. Talvez eu esteja atado à superficialidade de tudo que seja profundo.
Quando eu for cego, só então eu passarei a ver as coisas despretensiosamente.
3 comentários:
Nossa Mateus, lindo, maravilhoso! Realmente brilhante..
Nunca tinha pensado as coisas por esse angulo, voce me deu uma "visao do mundo" (se é que assim posso chamar) relamente impressionante!
Maravilhoso texto! :)
beeeijo
‘’Eu apenas sentiria.’’ ‘’Um ver imparcial, sem pretender ver a beleza visível aos olhos...’’
Mocinho, vc realmente é muito mais do que os olhos podem ver.
Esse texto de certa forma diz o que penso a seu respeito, pois mesmo sem te ver eu me aproximaria de ti, pois tens um coração dotado de nobreza.
Suas sábias e doces palavras com certeza sempre manterão perto de você.
‘’Eu ouviria apenas a voz e dessa forma, apenas me aproximaria das mais doces possíveis...’’
P.s A.C
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