Da morte não espero mais nada.
De mim, levou todos aqueles que amei.
Fez das minhas flores um cinzero de lamentos.
E do meu dia, um anoitecer cinzento.
Da morte espero simpatia, na verdade.
Espero que de mim, poupe-me apenas a dor.
Porque não suportaria sofrer na minha própria morte,
já bastando a dor que senti pelas outras.
Espero ser carregado,
como a chuva, pelas nuvens escuras,
e dela não ter medo.
Espero vê-la sorrindo.
que de mim faça seu amigo.
Para que encontrem-me meus amados.
sábado, 27 de março de 2010
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